Gaiola vs Aviário
Muitas aves procriam num aviário comunitário. Contudo, as aves de exposição tendem a ser separadas por casais em gaiolas independentes para que o criador possa continuar uma determinada linhagem. A desvantagem de uma segunda gaiola é o preço, já que muitas vezes, os comedouros e bebedouros do aviário não são indicados para uma gaiola. No aviário, não é necessário alterações significativas, mas o controle sobre os progenitores e as crias é menor.
Higiene
Vai ter de abdicar de limpezas mais profundas a partir do momento em que é feita a postura dos ovos, pois os progenitores não gostam de ser incomodados enquanto cuidam das crias: alguns tornam-se violentos, outros abandonam o ninho. Por isso, limpe bem as gaiolas e o aviário antes da época de acasalamento.
Alimentação
O cálcio é essencial na época de acasalamento, pois a postura dos ovos exige maior dispêndio deste mineral por parte das fêmeas. Se a fêmea tiver deficiência ao nível do cálcio, os ovos geralmente nascem com a casca mole. O osso de choco é por isso fundamental nestas alturas e o aumento do seu consumo é uma indicação de que a postura pode estar próxima.
Equipamento
O tipo de ninho depende muito da espécie de ave. Os canários utilizam ninhos abertos, os papagaios, que na generalidade não constróem ninhos, utilizam caixas de madeira ou cestos cobertos e os tentilhões gostam de ninhos tapados que se desenvolvam na horizontal.
Existem ainda outras espécies que preferem construir os próprios ninhos e por isso o dono deve-lhes dar o material necessário. Ramos e folhas são sempre muito úteis. Feno, pedaços de corda e de pano também são utilizados. Outra opção é musgo seco que se pode adquirir em floristas ou hortos.
Alteração de comportamentos
Com a chegada da época de acasalamento, o comportamento das aves modifica-se. Na maioria das espécies, os machos tornam-se mais territoriais e agressivos, disputando fêmeas e ninhos.
Os machos começam também a ser mais vocais nesta altura, sobretudo no caso das aves canoras que utilizam o canto para seduzir as fêmeas. Os rituais de corte multiplicam-se, sendo o momento ideal para ver as famosas danças de algumas espécies.
Com a formação de casais, um dos membros começa a permanecer por períodos mais longos dentro do ninho.
Postura e Incubação
Em muitos casos, a incubação dos ovos não começa assim que é posto o primeiro ovo. Por vezes é necessário um ninho “mais composto”, com dois ou três ovos, para que a incubação comece. Só a partir desta altura é que se deve começar a contar o período de incubação. Se a fêmea começa a incubação quando os ovos não estão todos postos, a ave do primeiro ovo posto nasce antes do que os outros e essa diferença pode ser uma vantagem que lhe permita monopolizar a comida, deixando as crias mais novas sem alimento. Para que não haja diferenças significativas de idade entre as crias, alguns criadores optam por substituir os ovos postos por ovos falsos e só repõem todos os ovos, quando a postura estiver terminada.
É necessário prestar alguma atenção às fêmeas para se certificar de que nenhum ovo ficou preso. Assim que a incubação começar, aparte dessa possibilidade, tudo deve correr normalmente.
Deve-se tentar dar às aves a maior privacidade possível. Faça as contas relativas ao tempo de incubação dos ovos, que varia conforme as espécies, e não interfira quando espera que as crias nasçam, pois as fêmeas costumam ser pouco tolerantes nesta altura. Se desejar saber se os ovos são férteis, pode observá-los à luz. Ao fim de uma semana, já deve ser visível um núcleo opaco.
Desafios seguintes
Após o nascimento das crias, terá de fazer alterações na dieta dos progenitores e decidir se vai criar as aves à mão. Nos primeiros dias, é necessário seguir o desenvolvimento das crias, mas tente sempre dar o máximo de privacidade aos progenitores.
Originalmente publicado na Arca de Noé: Fonte
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