HEMOPARASITAS
Grupo de parasitas (protozoários) existentes na corrente sanguínea do animal. São parasitas intracelulares pois encontram-se alojados dentro das células do animal.
São transmitidos ao animal através da picada de carraças (artrópodes) da espécie Rhipicephalus sanguineus. Basta a picada de apenas uma carraça para infectar o animal.
Existem três espécies de hemoparasitas: a Babesia, a Erlichia e a Haemobartonella.
PATOGENIA
Os hemoparasitas entram na corrente sanguínea, multiplicam-se por divisão binária no interior dos glóbulos vermelhos e causam anemia hemolítica por destruição intravascular. Esta destruição ocorre após a hemólise dos glóbulos vermelhos, no momento em que o hemoparasita sai daquela céula para parasitar uma nova.
Normalmente, os portadores permanecem assintomáticos (sem sintomas) e representam um reservatório da infeção para outros animais suscetíveis.
SINAIS CLINICOS
- anemia aguda ou crónica
- palidez das mucosas
- fraqueza
- febre
- anorexia/perda de peso
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito pelo Médico Veterinário através do exame clínico e da colheita de sangue para análise laboratorial. Esta análise deve incluir hemograma e a identificação do hemoparasita (através da observação ao microscópio). Alguns animais podem ser mais resistentes aos hemoparasitas, pois apesar de infectados, não desenvolvem a doença, ou seja, são portadores crónicos.
O diagnóstico nem sempre é possível, visto que, na fase crónica da doença, o número de células envolvidas é muito baixo, tanto que, pode não ser possível observar o parasita em lâminas de esfregaço sanguíneo.
Na fase aguda da doença, o diagnóstico é feito através de esfregaços sanguíneos, onde podemos observar o parasita ao microscópio, dentro dos glóbulos vermelhos; juntamente com a presença dos sinais clínicos característicos da doença.
A diferença entre as diferentes espécies de protozoários é feita com base nas suas diferenças morfológicas.
TRATAMENTO
Especifico para cada tipo de protozoário, de acordo com o peso e a idade do animal.
PREVENÇÃO
A prevenção da doença deve ser feita através do controle das carraças, tanto no animal como no ambiente. O animal deve estar protegido com uma coleira insecticida ou através da colocação mensal de uma pipeta. O ambiente que o rodeia deve estar desinfectado e sem a presença de carraças.
Já existe uma vacina disponível (pirodog) e é aconselhada a vacinação dos animais contra esta doença que pode passar tão despercebida aos donos.
Deixe uma resposta
Quer contribuir para a discussão?Sinta-se a vontade para contribuir!