Leishmnaniose

 

A leishmaniose canina é uma patologia parasitária, transmitida exclusivamente pela picada de um insecto, o flebótomo, afetando, principalmente, o cão, se bem que o homem e outros animais selvagens possam ser, igualmente, atingidos.

Os flebótomos são comuns no sul da Europa, sendo uma doença endémica no território português. Machos e fêmeas têm igual risco de contrair a doença, contudo, algumas raças, como o Pastor Alemão, Boxer e Rottweiler são mais predispostas.

O quadro clínico e período de incubação são variáveis, sendo os sinais/sintomas mais comuns: febre, perda de peso, inaptência, atrofia muscular, queda de pêlo (sobretudo em volta dos olhos), lesões cutâneas e oculares, problemas nas unhas, e em casos mais graves, hemorragia, anemia, artrite e insuficiência hepática e renal.

O diagnóstico pode ser feito recorrendo a várias técnicas (colheita de sangue ou por punções medulares e/ou ganglionares), sendo importante frisar que a cura completa é muito difícil, já que o tratamento (que deverá ser mantido por toda a vida do animal), geralmente, apenas garante a eliminação/controlo dos sintomas, retardando a progressão da doença, contudo, em grande parte dos casos, permite manter uma vida longa e feliz aos nossos animais.

Até há pouco tempo a proteção resumia-se a uma atitude preventiva evitando a exposição nas alturas de maior concentração dos flebótomos (amanhecer e entardecer) e recorrendo ao uso de insecticidas como sprays, coleiras repelentes e produtos spot-on.

Atualmente, além das medidas preventivas descritas anteriormente, dispomos de mais um meio: a vacinação, que requer três administrações espaçadas de 21 dias, sendo depois necessário o reforço anualmente.

A vacinação está indicada em todos os animais com mais de 6 meses de idade, que não sejam portadores de doenças infecciosas, incluindo a leishmaniose canina, e que se encontrem devidamente desparasitados.

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