Conhecer os Peixes – Factos e CuriosidadesOs peixes são animais com uma estrutura muito semelhante a todos os vertebrados. O corpo é geralmente alongado, o que lhes permite reduzir o atrito ao nadar. Os membros foram transformados em barbatanas, a respiração passou a fazer-se através das guelras (com as devidas excepções) e o corpo é geralmente coberto de escamas. Para se manterem a profundidades diferentes, os peixes têm um órgão, a vesícula gasosa, capaz de controlar gases que fazem com que o peixe ganhe uma maior ou menor densidade em relação à água.

Os peixes habitam todo o tipo de águas, desde as mais profundas até aos ribeiros, mas existem alguns lagos que pelo elevado nível de salinidade não albergam vida marinha. Um desses exemplos é o Mar Morto. Tal como o nome indica a concentração de sal dez vezes superior à média dos oceanos impossibilita a existência de qualquer tipo de vida marinha, fauna ou flora.

Os peixes têm um duplo impacto na vida do Homem. Por um lado fornecem-nos alimento e emprego, mas por outro são também perigosos, havendo peixes capazes de matar homens. Exemplo disso é não só o tubarão, mas também peixes venenosos como muitos peixes-balão, incluindo o Fugu, alimento da cozinha japonesa, cuja toxicidade dos órgãos internos pode matar um humano.

Os peixes necessitam de água para sobreviver. Não só porque vivem nela e respiram o oxigénio dissolvido na água, mas também, tal como todos os outros seres vivos, porque necessitam de beber água. Os peixes de água doce e de água salgada  não podiam ser mais diferentes neste aspecto. Os peixes de água doce absorvem água por osmose, enquanto que os de água salgada perdem água pelo mesmo processo. Assim, os peixes de água doce necessitam de repor o sal que perdem, enquanto que os peixes de água salgada necessitam de repor água. Por isso, os peixes de água doce bebem pouca água e utilizam as guelras para absorver sal, enquanto que os peixes de água salgada retém a maior quantidade de água possível e eliminam o sal. Como consequência, os peixes de água salgada urinam menos, perdem água por osmose, e têm uma urina mais concentrada do que os peixes de água doce. Mas há peixes que conseguem adaptar-se tanto à água doce como salgada.

Apesar de viverem na água, os peixes mantém sentidos semelhantes aos dos seres humanos: visão, olfacto, paladar, tacto e audição.

A visão é um sentido com diferentes pesos nas várias espécies de peixes. Os peixes que vivem na escuridão geralmente têm olhos muito grandes, enquanto que aqueles das zonas menos profundas onde a luz não chega têm olhos mais pequenos. No geral, os peixes de zonas iluminadas têm uma boa visão, se não tão boa, melhor do que a dos humanos. Os peixes de zonas pouco profundas são capazes de distinguir cores, enquanto aqueles onde a luz (e cor) é rara, têm esta capacidade mais reduzida se não inexistente.

Embora nos pareça que a água lava os cheiros, a verdade é que os peixes têm um olfacto desenvolvido. Analisam os químicos dissolvidos na água numa junção de esforços com o paladar. Os peixes têm, tal como os humanos, papilas gustativas na boca. Algumas enguias têm um capacidade de visão tão reduzida que o seu principal sentido de caça é efectivamente o olfacto.

Os peixes têm vários receptores nervosos espalhados pelo corpo que são responsáveis pelo tacto. Os peixes-gato utilizam os bigodes, uma mistura entre paladar e tacto, para procurar comida.

Estes animais também são capazes de ouvir embora não tenham receptores externos. O aparelho auditivo do peixe é interno e permite-lhe captar sons tais como o bater das ondas. Contudo este é um sentido pouco desenvolvido.

Mais extraordinários são outros sentidos, praticamente exclusivos dos peixes. O sistema linear lateral presente nos peixes e alguns anfíbios é um conjunto de canais ligados ao sistema nervosos central que permite ao peixe detectar alterações na corrente, pressão e temperatura da água. É muito útil para o peixe perceber quando se aproximam outros peixes ou que direcção deve tomar. Há ainda peixes, tais como os tubarões, que conseguem detectar corrente eléctricas e outros que as conseguem produzir, como por exemplo a enguia.

Um tema polémico é o da possibilidade de os peixes serem capazes de sentir dor. Os peixes não têm neocortex, responsável pela consciencialização da dor, mas estudos mais recentes apontam que estes animais reagem de forma negativa a estímulos considerados desagradáveis para humanos, o que parece indicar dor. 

Originalmente publicado na Arca de Noé: Fonte
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