Curiosidades técnicas sobre o seu Gato

 

Comportamento, o quê e porquê?

Enriquecimento ambiental, variedade de estímulos e interação social regular, são os pontos chave para contornar os problemas comportamentais dos gatos.

 

A maioria dos gatos de interior vivem em ambientes sub-enriquecidos, o que contribui para o aparecimento de stress, comportamentos indesejados, agressividade, e outros problemas de saúde.

 

Tem janela em casa?

Tipicamente os gatos de interior não têm contato com grande diversidade ambiental vendo o mundo pela janela da sua casa. Um gato que passe o dia a observar estímulos exteriores que lhe são inacessíveis e que não lhe permitem exteriorizar o seu instinto, facilmente se torna frustrado o que pode resultar em comportamentos desadequados do ponto de vista humano como saltar para as mobílias e bancadas, apresentar comportamentos destrutivos, atividade noturna excessiva, vocalizações despropositadas, busca constante de atenção e brincadeiras agressivas.

 

Tem arranhador?

O “arranhar” dos gatos pode servir vários propósitos, entre eles, deixar uma marca visual e olfativa nos objetos, espreguiçarem-se, manutenção das garras  e a utilização dos músculos e tendões envolvidos na utilização das mesmas.

Não está ainda provado se os gatos conseguem de facto detectar marcas olfactivas deixadas pelo acto de arranhar, mas existem pesquisas a decorrer nesse sentido.

 

Castigo?

A repreensão física direta não deve ser uma opção pois pode potenciar agressividade, medo e ansiedade direcionada para os donos.

Tornar as superfícies das bancadas/móveis/sofás desagradáveis para os gatos pode ser uma alternativa à repreensão direta com o objetivo de desencorajar os comportamentos indesejados. Os tapetes comumente utilizados à porta das casas fazem sensação entre a maioria dos gatos e podem ser colocados em direção vertical ou horizontal em qualquer parte da casa.

 

Sozinho em casa?

Caso os comportamentos destrutivos ocorram quando o gato está sozinho, o melhor será preparar uma área “à prova de gato” onde este possa ficar em segurança enquanto não houver ninguém em casa.

Os comportamentos indesejáveis associados a procura de atenção, devem ser ignorados e prevenidos, nestes casos qualquer interação com o animal seja contato visual, vocal ou físico vai resultar no reforço do comportamento.

No caso dos gatos a rotina de interação com os donos é extremamente importante, esta deve ser estabelecida desde a chegada do gatinho à nova casa, devem ser reservados momentos para a alimentação, a higiene, a brincadeira, o descanso, a interação social e quem sabe, para o treino.

 

Casa bonita?

O enriquecimento ambiental visa promover um ambiente mais complexo não só estimulante fisicamente como socialmente, incrementando a novidade e a oferta de atividades características da espécie.

Brinquedos, estruturas, esconderijos, fontes de água, dispositivos sonoros, ervas próprias e dispensadores de sintéticos de feromonas são apenas algumas das opções que podemos utilizar para enriquecer o ambiente.

 

Comer é um prêmio?

A questão da alimentação também pode ser utilizada para estimular os instintos felinos. O instinto predador é associado à procura de alimento, para isso as refeições podem ser depositadas em diferentes partes da casa (desde que sejam de acesso permitido ao gato, pois ele vai lá querer voltar de modo a incentivar a procura e atividade física.

 

Hora da Brincadeira?

A disponibilidade de alguma variedade de brinquedos é importante uma vez que os gatos se cansam facilmente. Não é necessário serem brinquedos “topo de gama” por vezes um simples resto de folha de alumínio em forma de bola faz a festa.

Brinquedos leves, que flutuem, que possam rolar, saltitar e progredir pelo chão são ideais para incentivar a perseguição e o salto. Os postes para arranhar, torres para trepar, ou até um circuito “aéreo” de caminhos e esconderijos são elementos muito apreciados pelos gatos.

 

O que me espera?

Os donos de Gatos referem por diversas vezes a companhia que estes fazem, a forma simpática como são recebidos em casa, a interação em momentos de maior tristeza e um rosto sempre igual quando nos esperam à janela.

 

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